quinta-feira, 26 de abril de 2012


Taxas nos parques naturais visam proteger zonas de acesso restrito - ICNB

A  presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) referiu hoje que a taxa para pedir autorização para visitar locais de acesso restrito dos parques naturais é um meio de proteger esses mesmos espaços.
Em declarações à Agência Lusa, Paula Sarmento começou por frisar que essas autorizações só são necessárias para se visitar as zonas "consideradas de proteção total", que no passado tinham acesso interdito.
"Considerámos que é muito difícil proteger, custear e preservar aquilo que não conhecemos de todo e, na revisão dos planos, temos estado a permitir que, mediante o cumprimento de algumas condições e de alguma capacidade de carga, pudéssemos ter acesso a essas zonas dentro de determinados limites", explicou.
A presidente do ICNB falava na sequência da manifestação convocada por um grupo de praticantes de caminhada e montanhismo contra a taxa de 152 euros que o ICNB cobra pelos pedidos de autorização para se visitar as áreas protegidas dos parques naturais.
O protesto dos praticantes de caminhadas e montanhismo está marcado para quarta-feira no parque natural Peneda-Gerês e no Parque e no Parque Natura das serras de Aires e Candeeiros.
Segundo Paula Sarmento, a "verificação das condições em que essas atividades de visitação são efetuadas implica a emissão de um parecer e é esse parecer que é referido com o valor de 152 euros".
A responsável explicou que o que o ICNB pretende também é "controlar a capacidade de carga, o número de pessoas que estão presentes em cada um dos sítios", e disse que a "análise que se faz é do percurso que se pretende efetuar".
A presidente do ICNB defendeu que a visita a essas áreas restritas "devia ser potenciada através de viagens organizadas por empresas de turismo de natureza" e frisou que os pedidos de parecer feitos por essas empresas "não são pagos de todo".
"Nesse contexto nem há pagamento de taxa rigorosamente nenhuma", sublinhou.
Paula Sarmento disse ainda que "em todas as zonas dos parques que não estejam abrangidas por este estatuto de conservação não há rigorosamente pagamento nem necessidade de parecer nenhum".

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