quarta-feira, 6 de junho de 2012



Ameaça Número 1: Pesca de arrasto

A indústria estendeu as suas insustentáveis práticas de pesca às águas profundas e às montanhas submarinas anteriormente inexploradas, usando uma técnica chamada pesca de arrasto.

A pesca de arrasto consiste no arrastamento de gigantescas redes lastradas, ao longo do fundo do mar. Grandes placas metálicas e rodas de borracha presas a essas redes movem-se ao longo do fundo e esmagam praticamente tudo no seu caminho. Todas as provas demonstram que as formas de vida de águas profundas são muito lentas na recuperação de tais danos, demorando de dezenas a centenas de anos a conseguir fazê-lo – se é que o conseguem.

Se lhes for permitido que continuem, os arrastões de alto-mar vão destruir as espécies de águas profundas antes de sequer termos descoberto muitas das que aí existem. Podem imaginar o seu funcionamento como guiar uma gigantesca máquina de terraplanagem através de uma floresta inexplorada, luxuriante e amplamente habitada, que depois se torna num deserto plano e monótono. É como fazermos explodir Marte antes de lá chegarmos.
A pesca por arrasto é feita com redes de malha fina, tracionadas por motores, que revolvem o fundo do oceano e capturam espécies em fase de desenvolvimento e a flora marítima, sem qualquer seleção. Em busca apenas do camarão, os pescadores descartam, de acordo com estimativa da Polícia Ambiental, 70% do total capturado, lançando ao mar já mortos pequenos robalos, bagres, miragaias, siris e estrelas do mar.
Colocado na página de discussão do facebook  Setubal quase Esquecida por António Mendes

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