segunda-feira, 24 de setembro de 2012


A solução para o problema dos resíduos plásticos que os peritos procuravam foi descoberta por um rapaz de 16 anos.
Daniel Burd, um estudante do liceu de Waterloo, arrecadou o primeiro prémio na Feira de Ciências de 2008 em Ottawa, no Canadá, com a sua pesquisa sobre microorganismos que decompõem plástico.
O pensamento, aparentemente simples, de Daniel não tinha sido ainda considerado pelos mais conceituados peritos: “O plástico, um dos materiais mais indestrutíveis, na verdade decompõe-se. São precisos 1.000 anos, mas eventualmente acaba por se decompor, o que significa que devem existir microrganismos que fazem a decomposição”.

Seria possível criar esses microrganismos para fazer o trabalho mais rapidamente?

Esta foi a pergunta que Daniel pôs à prova através de um processo muito simples e inteligente: a imersão de plástico numa solução com levedura (que incentiva o crescimento microbiano) e, em seguida, o isolamento dos organismos mais produtivos.
Os resultados preliminares foram encorajadores, Burd continuou a seleccionar as espécies mais eficazes e a cruzá-las. Após seis semanas de ajustes e optimizações de temperaturas alcançou uma eficiência de 43% de degradação do plástico - uma realização quase inconcebível. Com esta taxa foi possível estimar que em pouco mais de três meses ele conseguiria que todo o plástico fosse degradado.

Existem outros métodos de decomposição de matéria plástica, mas são de natureza química e não orgânica. Por isso é que a descoberta de Daniel Burd foi tão importante para a comunidade cientifica.
Com a produção anual de 500 mil milhões de sacos de plástico e um continente de plástico a crescer no Oceano Pacífico de dia para dia, um método não tóxico e de baixo custo para degradar este material é o sonho de qualquer ambientalista.

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